domingo, 30 de setembro de 2012

Aquilo que fica...

Acima das nuvens
Aquecendo o sol
Em cada lágrima de chuva
Que acompanha o mi bemol

No discurso do olhar
Para a indireta do sorriso
No verde sereno do mar
Que dá certeza ao indeciso

Em meu pálido reflexo
No corpo de meu violão
Na simplicidade do complexo
Que não escuta o coração

Em cada pétala juvenil
Da imensa rosa dos tempos
Na experiência infantil
E todos os seus questionamentos

No tempo inconsequente
E no xingamento sincero
Em cada ruído deprimente
Desse vinil verde e amarelo

No lábio vermelho
E na terra em meu pé
No inverno veraneio
Que os fazem perder a fé

Na idealização inocente
De quem não te faz feliz
Na vida sofrida da gente
Que nunca almejou o que sempre quis

Sinto pena dos que se perderam
E não encontraram o onipresente
Daqueles que nunca cresceram
Pois o coração é indigente

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