Você é um jardim
Das flores mais lindas e coloridas
Pintadas com tinta óleo e amor
É feita para ser observada de frente
Só que eu te vejo de baixo
Pois, em meu chão não nascem flores
Na verdade, talvez
Talvez aqui até se nasce flor...
Mas, torna-se mato
Portanto,
Eu, mato,
mato
E mato
Descendo
Descendo
Descendo
Até ser ninguém e querer bem
Nato
Humano mato
Pois, por mais que eu sinta
Que essas tuas flores ficam felizes em meio a confusão
No meio de um mato cheio de vasos sanguíneos
que não conhecem o coração
Isso tudo, ainda assim, é bem real
Você
Que sabe fazer bem como poucas coisas nessa vida
Por isso, eu te peço, minha querida
Não caia na aparente beleza de certos olhos de poesia colorida
É mato
e mata
Por isso, corta
e morre
Então,
me cuspa
me morda
me pise
me pode
me fode
me evite
Não aguento a leveza do seu brilho
Mesmo que não brilhe por minha causa
Sirvo só para o momento
No máximo, aquele inesperado sentimento
Que te tira uma noite de casa
Sério, vai por mim
Vá,
por mim
Acredite nisso, valorize teu sorriso
minha covardia não merece
Sou mato
impuro
empório
escuro
de certo
eu digo
de perto
que por ser mato
ter medo
é fato
Entendo, é bobagem
Cale minha boca e me faça te chupar
E, assim, te olho de baixo, mas por prazer
Não pelo meu vazio de certeza
Me puxe
Vai
Eu tento
Me esforço
E assim, me mato
Mas, reforço
Sou nada, mim
mato
Esse vive, não há jeito
Sente e continua achando demais
Dê mais, doe-me
Seja mais
Seja, mas, escoe-me
Sou tão bom em ser menos
Então, por favor, não faça isso comigo...
Não me vicie em ser feliz!
...
Tarde demais,
obrigado.
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